domingo, 22 de janeiro de 2012

Continuar ou terminar...

Quero dormir ao seu lado…
Queria, agora, poder te abraçar.
Quero te beijar, te proteger, te amar…
Queria, ao menos, poder sonhar com nós dois.

Sinto saudades de algo que nunca foi meu de verdade.
Como posso sentir saudade de atos seus que só existem na minha mente, na minha imaginação?
Sinto saudade de uma pessoa que aprendi a imaginar, por alguns poucos momentos juntos.
Como posso sentir saudade de alguém que, provavelmente, não existe?

Queria te fazer feliz, te dar apoio nos momentos difíceis, aceitar seus defeitos.
Quero poder tocar seu rosto, acariciar sua pele, beijar sua boca.
Queria partilhar meus problemas com você e, mesmo que não possa solucioná-los, ganhar de ti o carinho que me consolaria e me daria forças para continuar em frente.
Quero poder te dizer um eu te amo silencioso, daqueles que poucos conseguem escutar.

Espero-te solitário,
Todas as noites,
Só para, ainda que de longe,
Escutar que ainda me quer, mesmo não podendo.

Deveria terminar isso que escrevi na linha anterior,
Mas, após muito pensar, não consegui encontrar uma forma de finalizar o que escrevi acima.
Será que devo terminar aquilo que nem começou?
Ou será que já começou e agora não terminará mais…

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Incoerências


Quem nunca ouviu o ditado: Em casa de ferreiro o espeto é de pau? Esse ditado antigo, ainda hoje faz todo sentido. Não acredito no faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço. Como me disse uma vez um amigo meu: quem quer um exemplo precisa, antes de tudo, ser o exemplo.

Vivemos em um mundo totalmente incoerente, em que a grande maioria das pessoas não pratica aquilo que prega. Como “pergunta cantando” a banda Black Eyed Peas em sua música: Where Is The Love: Você pratica o que você prega?

Conheço pessoas que exigem fidelidade absoluta, mas são totalmente infiéis;

Pessoas que dizem aos quatro cantos que amam de verdade, mas não fazem o mínimo esforço por aqueles ou aquilo que dizem amar, parece que amam por obrigação ou conveniência. Será que isso é amor de verdade?;

Pessoas que reclamam de tudo, mas não movem uma palha para mudar nenhuma das situações;

Pessoas que criticam o governo, mas se dizem apolíticas; Pessoas que criticam os “reality shows”, mas estão sempre comentando sobre eles;

Pessoas que se dizem cristãs, aqui sem distinção de religião e sem generalizar, mas que não seguem aquilo que a sua religião prega, assim que saem da Missa ou do Culto já cometem um pecado (alguns nem esperam sair da Igreja); Ateus que na hora do sufoco pedem ajuda … a Deus!

Pessoas que só cumprem com a palavra enquanto lhes convém;

Pessoas, que, compartilham ou escrevem frases maravilhosas nas redes sociais, mas só para os outros lerem, muitas vezes nem concordam com aquilo;

Pessoas que se dizem verdadeiras e sinceras, mas basta alguém deixar a roda de amigos para que a tal “sinceridade” floresça;

Pais que pedem aos filhos que mintam por eles, mas se irritam profundamente quando os filhos mentem para eles;

Eu defendo um planeta melhor, ruas mais limpas, mas não cuido do meu lixo limpo, jogo lixo na rua (só não existe lixeira para nós). Não faço nem a minha parte como posso cobrar dos outros…

Li uma vez que: “Não existem castigos nem punições, apenas consequências”.

Temos gestores financeiros endividados; Administradores desorganizados;

Padres, pastores, etc que não praticam a caridade, a bondade, ou qualquer outra coisa que tanto exigem dos seus fieis;

Alunos que espalham aos quatro cantos que a escola onde estudam é uma porcaria, mas que um dia apresentarão, com orgulho, um diploma assinado pela escola porcaria a um empregador.

Críticos ferrenhos do trânsito caótico das grandes cidades que param em fila dupla (rapidinho), não dão seta por que não tem nenhum carro perto, falam ao celular e quando a multa chega, existe uma conspiração da indústria de multas contra ele;

Profissionais totalmente amadores; como canta Humberto Gessinger em sua música “Dom Quixote”: Grandes negócios, pequeno empresário, só pra citar mais uma canção que fala dessas incoerências.

Não. Ninguém é perfeito (e quem se achar perfeito já tem um defeito), eu mesmo me enquadro em algumas das inconsistências acima. Nossa imperfeição não pode ser desculpa para que não pratiquemos aquilo que pregamos, ou nos esforçamos para praticar ou paramos de pregar…

Uns dizem que somos aquilo que comemos; outros que somos o que pensamos. Eu prefiro afirmar que somos aquilo que praticamos…

Para finalizar, um provérbio que diz o seguinte: “Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.